Polícia conclui inquérito e culpa segurança por morte de cachorro
A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso do cachorro Manchinha e responsabilizou o segurança do Carrefour de Osasco, na Grande São Paulo, pela agressão que resultou na hemorragia e, consequentemente, a morte do animal em 28 de novembro. Ele responderá em liberdade pelo crime de abuso e maus-tratos a animais (saiba mais abaixo).
Segundo o G1 São Paulo, as informações foram confirmada nesta terça-feira (18) pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Segundo a pasta, o relatório do caso seguirá para apreciação do Ministério Público (MP) e da Justiça.
Câmeras de segurança do supermercado e vídeos feitos por celulares de testemunhas registraram o momento em que o segurança corre atrás do cão com uma barra de ferro.
Apesar de as imagens não mostrarem a agressão, o segurança admitiu, em depoimento à polícia, ter batido no animal com a barra, mas que não teve a intenção de feri-lo. Posteriormente, Manchinha aparece mancando e sangrando nas cenas. Ele era um cachorro abandonado e dócil que perambulava pelo Carrefour e recebia alimentos e afagos de clientes e funcionários.
Outras filmagens mostram o cachorro machucado sendo imobilizado por funcionários da prefeitura. Eles utilizam uma corda laçada ao pescoço do bicho, que desmaia. Em seguida, o bicho é levado a uma unidade especializada em animais onde morreu. Segundo a veterinária que o atendeu, ele faleceu em decorrência de sangramento.
O segurança, que não teve o nome divulgado pela investigação, irá responder em liberdade por abuso e maus-tratos de animais, de acordo com o artigo 32 da Lei número 9.605/98 de Crimes Ambientais. A reportagem também não conseguiu localizar sua defesa para comentar o assunto.
Como o crime é de menor potencial ofensivo não cabe prisão e nem indiciamento, de acordo com a pasta da Segurança Pública. São enquadrados nesse artigo da lei quem fere ou mutila animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos. Se condenado, o agressor pode receber pena de detenção de três meses a um ano, além de multa.
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