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A CRITICA DEMITE JORNALISTAS APÓS EPISÓDIO DO 'FLAMERDA'


Por Raimundo de Holanda

02/04/2013 0h18 — em
Bastidores da Política



Antes de reunir a torcida do Flamengo e pedir perdão, o empresário Dissica Calderaro, diretor de A Critica, assinou a demissão do repórter Alam Gomes, que teria feito o trocadilho de Flamengo por Flamerda na tabela  de classificação dos clubes cariocas, publicada na edição de  ontem do  'Caderno Craque'. Dissica estava irritado, com lágrimas nos olhos. O pedido de "perdão" saiu engasgado, emocionado, difícil, como uma espinha na garganta que tinha que tomar o rumo do intestino  e ser expelida depois.

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E cheirou mal, impestando a redação do jornal, que se encheu de cartões vermelhos. Na sua ira, Dissica demitiu ainda  Carla Yael, editora de Mundo; Elaize Farias, repórter  especial; as jornalistas Suzana Melo e Maria Derzi.Carlos Eduardo de Souza,  editor de esporte do Portal e repórter do 'Caderno Craque', dado como demitido ontem, informa que deixou o jornal há um mês. Outros 20 jornalistas poderão receber cartão vermelho nas próximas horas. Algumas demissões estavam programadas e não têm relação  com o episódio do "Flamerda" , mas foram antecipadas pelo  mau humor que tomou conta da diretoria do jornal ontem.

REITORA PODE TER VIOLADO SIGILO DE ESTUDANTES

O acesso a dados dos estudantes de uma universidade, inclusive endereço e telefone, deve ser protegido por sigilo e utilizado somente em casos relacionados a vida acadêmica. Na Ufam, a professora Márcia Perales violou essa regra e fez uso de mala direta na sua campanha, enviando e-mails aos alunos. Ainda que fosse normal essa atitude, ela deveria ser compartilhada com as demais chapas. Mas só a reitora, que tenta a reeleição, teve acesso a informações privilegiadas. O caso é grave. Envolve a vida privada dos estudantes e é uma questão de natureza ética, que a própria comissão eleitoral deveria apurar.

A FARSA DO PRACULHAU

A turma do PCdoB, que emprega ‘estudantes profissionais’ para atuar em manifestações e protestos contra os adversários políticos, está novamente agindo a todo vapor.  Na história política recente saíram lambuzados no episódio do banho de tinta no ex-presidente da Câmara Municipal, Leonel Feitoza, em 2008; e em 2012 um ovo gorado fez a candidata do partido perder a eleição para a prefeitura.

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Na semana passada eles voltaram à carga, tentando articular protestos nas ruas contra o aumento da tarifa de ônibus, e ontem foram à Câmara Municipal fazer baderna.  Dirigindo ofensas a vereadores e gestores públicos, aproximadamente 20 manifestantes gritavam e sujavam o plenário da Casa sem se importar com os debates técnicos que ali ocorriam.

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Um assessor experiente comentou: ‘só falta agora o PCdoB inventar uma farsa do ‘piraculhau’ contra o Artur’.

Crimes contra jornalistas

Projeto de lei do deputado Delegado Protógenes (PCdoB) atribui à Polícia Federal a investigação sobre crimes praticados contra a atividade jornalística. O projeto 1078/2011, está parado desde 4 de maio de 2011 nas comissões da Câmara dos Deputados. Vindo do PCdoB, é bom que seja bem debatido, afinal a democracia não é o forte do partido.

CDH sem vice-presidente

Liderada pelo deputado e pastor evangélico Marco Feliciano (PSC/SP) que ninguém quer na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, a CDHM perdeu, ontem, a vice-presidente, deputada Antônia Lúcia (PSC/AC), mulher do também deputado federal Silas Câmara.

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Antônia Lúcia renunciou por não concordar com declaração feita pelo pastor em culto de sua igreja quando disse que o lugar por ele ocupado na CDHM é do satanás.

Todos errados

“Não tenha medo de pensar diferente dos outros, tenha medo de pensar igual e descobrir que todos estão errados” em plena campanha para se eleger reitor da Ufam, o candidato Sylvio Puga usou a frase de Eça de Queiroz para arrebanhar votos via Facebook.

Páscoa atrasada

O deputado Francisco Souza (PSC) avisa pela rede social que agora tem mais um canal de comunicação e postou um vídeo sobre sua vida no FB.

Fomentando a velha mídia

Para tristeza dos petistas que abominam o que chamam de “velha mídia”, veicúlos como TV Globo, jornais Folha de S.Paulo e Estadão, além das revistas da Editora Abril, o governo federal gastou, em 2012, R$ 113,75 milhões em publicidade e todos esses veículos faturaram. As organizações Globo ficaram com 60,2% dessa verba, ou R$ 49,64 milhões. O PT no poder só pode se a mídia ajudar.

Braga, o democrata

Diz o senador Eduardo Braga (PMDB), presidente da comissão mista que analisa a PEC dos Portos, que nunca viu tanta democracia como nessa comissão. Conforme Braga, foram sete audiências públicas com 38 convidados .

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.