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Valois, o herói dos sem esperança


Por Raimundo de Holanda

25/11/2015 0h00 — em
Bastidores da Política



O juiz Luiz Carlos Valois está sendo “julgado”. Por suas ações, por suas convicções. Num ambiente de desesperança, como  os presídios , ele encarna  o herói. Não há preso que não o cite como “um cara legal”. Esse “legal” vai além de uma simples definição de um homem bom. Ele representa, no ambiente prisional,  o elo entre a justiça que parece ter se exaurido na sentença condenatória e uma reabilitação sonhada pelos detentos.  Valois paga o preço desse sonho.  Relacioná-lo aos chefões do crime, apenas porque seria citado em escutas telefônicas como pessoa a ser preservada, é   de uma crueldade brutal.

“Feliz o país que não precisa de heróis”, disse certa vez o dramaturgo alemão Bertold Brecht , para quem “o herói toma para si aquilo que deveria ser feito por todos”. Valois entra nesse vácuo deixado pela ausência absoluta do Estado numa área  onde  o ser  humano vira lixo e como lixo é tratado, o que explica de forma muita clara porque  um juiz com visão humanista acaba idolatrado pelos presos.

O estado, muitas vezes, ignora que sua tarefa  é  ressocializar, reabilitar. Predomina   a repressão.

 Se fora do sistema prisional o cidadão é maltratado, alijado de serviços essenciais, humilhado, como na  rede pública de saúde, onde mulheres parem no chão e cirurgias deixam de ser feitas por causa da falta de um simples anestésico, então o inferno é o presídio, onde falta espaço, ar, esperança. E a liberdade é um sonho distante.

Valois peca pelas convicções que tem. Mas até que haja prova robusta, é um homem acima de qualquer suspeita  e que deve ser tratado com respeito.

BRADESCO PODE FICAR SEM AS CONTAS DO ESTADO

O Bradesco pode perder o contrato com o Estado do Amazonas que permitiu que o banco se tornasse o principal pagador do funcionalismo e fornecedores. É que o banco  não tem explicado porque vem atrasando os pagamentos. Embora os recursos venham sendo depositados com antecedência de até dois dias, funcionários e fornecedores recebem dos caixas a informação de que não há dinheiro.
Irritados, os clientes culpam o governo, que agora pode rever suas relações com o Bradesco e romper o contrato que mantém com o banco. 


DE SHORT NÃO ENTRA

Lá pelo Iranduba o negócio está feio mesmo. A juíza da 56ª Zona Eleitoral, Melissa Sanches da Rosa, resolveu disciplinar o traje de servidores, advogados e do público que frequenta o cartório. Assim, não entra no local mulheres usando shorts, vestidos ou saias excessivamente acima do joelho, miniblusa, minissaia, trajes de banho. Se a roupa for de tecido transparente ou o decote muito pronunciado, corre o risco de ser barrada tambem.
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Já os homens não terão acesso às dependências da ZE se usarem shorts, camiseta sem manga, trajes de banho bem como vestimentas de tecido transparente ou similares. Pois é, homens de roupa transparentes…

CONTAS DESAPROVADAS

Em Eirunepé, o juiz da  11ª Zona Eleitoral, Antônio Itamar de Souza Gonzaga, não viu motivo para relevar irregularidades na prestação de contas das eleições de 2012 de cinco partidos e desaprovou as contas dos diretórios municipais do PSC, DEM, PSDB, PP e PMDB.

NOS CONFORMES

O juiz Gildo Alves de Carvalho Filho, da 1ª Zona Eleitoral de Manaus, não considerou excessivo o valor da doação efetivada ao então candidato a deputado federal Arthur Bisneto (PSDB), pela empresa C.C.A.A.-EPP, no valor de R$ 40 mil e julgou improcedente a ação ajuizada pelo Ministério Público Eleitoral.

NICOLAU NO TCE

Entre os processo de prestação de contas a serem julgados na sessão desta quarta-feira, 25, pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas está o da prestação de contas do ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), Ricardo Nicolau, referente ao exercício de 2011. Mas tem o caso da construção do edifício-garagem da Aleam, que já deu um rolo em 2013.

SE FOR VERDADE

Cobrado pelo deputado federal Silas Câmara (PSD) a prestar apoio aos pequenos provedores de internet que prestam serviços no interior da Amazônia, o ministro das Comunicações, André Figueiredo, prometeu duas soluções: instalar um satélite geoestacionário sobre a região e implantar fibras subfluviais, tudo isso no ano que vem
  
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.