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O massacre do governo Dilma contra os municípios do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

10/10/2015 0h08 — em
Bastidores da Política



Não pode ser denominado de outra coisa senão ‘hipocrisia’ o que o governo federal está fazendo com os pequenos municípios, entre eles 21 do Amazonas, na questão do repasse de verbas para a gestão dos aeródromos. Uma gestão partidária que há 13 anos vem aumentando significativamente as desigualdades regionais, não pode agora exigir que municípios do interior da Amazônia tenham PIB superior a R$ 1 bilhão, para que possam receber recursos para a gestão de seus aeródromos. As populações do interior da Amazônia, ‘mastigadas’ pelo modelo assistencialista de governo, são pobres. Em consequência, as cidades são pequenas e sem atividade econômica.
A exigência absurda para que os municípios recebam a verba de R$ 838,4 milhões em investimentos, soa como uma ‘desculpa esfarrapada’ de quem não faz e não quer fazer nada para melhorar a vida dessas populações.

OS POSSÍVEIS CANDIDATOS DO MINISTRO

Ao garantir que seu partido, o PMDB, vai ter candidato proporia nas eleições municipais de 2015, o ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, afirmou que o deputado federal Marcos Rotta pode ser o indicado. Braga também listou aliados com os quais o partido está trabalhando alianças como Rebecca Garcia (PP), Hissa Abrahão (PPS), assim como Chico Preto (PMN), sem deixar de lado o Alfredo Nascimento (PR).Parece que quem vai sobrar mesmo é Marcelo Ramos,,,
 
A INEFICIËNCIA  DO GOVERNO
 
Todos os entraves discutidos ontem no seminário sobre os efeitos da crise no Parque Industrial de Manaus    , realizado na Assembleia Legislativa, apontam para um mesmo gargalo: o gerenciamento ineficiente do governo federal sobre o modelo. O encontro promovido pela Câmara Federal e dirigido pela deputada Conceição Sampaio e o piauiense Júlio César, trouxe à discussão velhos temas que já renderam muitos votos, porém nenhuma solução específica para a Zona Franca. Como o desenvolvimento de produtos e tecnologias próprias, a aposta nas tecnologias do futuro (só aposta mesmo), melhorias na infraestrutura e logística, e a maçante lengalenga da oposição culpando o governo estadual pelos desacertos num projeto federal.
 
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O superintendente da Suframa, Gustavo Igrejas disse o óbvio: a crise aponta a necessidade de se pensar o modelo no longo prazo, citando os ‘tigres asiáticos’ como exemplo.
 
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O deputado Serafim Corrêa foi simplista, apontando duas medidas necessárias e urgentes: melhorar a infraestrutura no Amazonas e diminuir a burocracia na Zona Franca e nos portos que lhe servem.
Thomas Nogueira, que já dirigiu a Suframa, repetiu que a desoneração fiscal à ZFM é benéfica ao país, e que o Amazonas recebe de volta apenas 30% do gera em recursos para a União.
 
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O petista José Ricardo ‘fez de conta’ que a ZFM não é totalmente atrelada à vontade de Brasília, que impõe ‘entraves’ como o contingenciamento de recursos e a falta de administração autônoma para o modelo e criticou a falta de planejamento do governo estadual.
E para ‘salvar o dia’, só mesmo o otimismo da deputada Conceição Sampaio, autora da iniciativa: “é na crise que nós podemos fazer o modelo avançar. Aqui começa o exército vitorioso que vai vencer esse desafio”.

AUMENTO ENGATILHADO

O Judiciário está com a bola alta entre os deputados federais do Amazonas, pelo menos no que diz respeito a Hissa Abrahão (PPS) e a Átila Lins (PSD) que já reiteraram sua disposição de votar a favor da derrubada do veto presidencial que brecou o aumento aos servidores do Judiciário. O aumento pode chegar a até 78% e, por ali, ao que parece, não tem crise.
 
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.