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A luta pelo poder em 2016 e 2018 já começou


Por Raimundo de Holanda

30/11/2015 0h40 — em
Bastidores da Política



E se a sucessão estadual caminhar para um mandato-tampão? A possibilidade existe diante da necessidade de o grupo no poder manter a aliança para fazer o sucessor do governador José Melo. Hoje, os dois grupos com cacife eleitoral para disputar a prefeitura de Manaus, em 2016, e o governo do Estado, em 2018, têm pretendentes aos dois cargos e não teriam como conciliar interesses para essas disputas. Assim, a possibilidade de uma chapa com o prefeito Arthur Neto e o vice-governador Henrique Oliveira não está descartada, com o intuito de ‘preparar’ a aliança para a disputa de 2018.
 

 Ainda unidos, os dois governos ‘trabalhariam’ o governador tampão e sairiam com o senador Omar Aziz na cabeça para o governo e uma chapa forte para o Senado, com Arthur Neto e José Melo. Neto deixaria, se reeleito,  Oliveira ‘fechando’ o mandato com direito a reeleição.
 
DO LADO DE BRAGA NINGUÉM SE ENTENDE
 
Do outro lado, o ministro  Eduardo Braga agrega um pool de pretendentes que não se entendem e que até o momento falam de união, mas mantém-se distanciados dentro do bloco de oposição, cada um trabalhando isolado sua pré-candidatura.
 
A expectativa de Braga é que a presidente Dilma permaneça no poder e venha a fortalecer a Suframa e o setor energético, de onde ele obteria cacife para catapultar candidaturas. Na lista de Braga estão ele próprio e a esposa Sandra, Rebecca Garcia, Marcos Rotta e Hissa Abrahão.
 
MARCELO E A TERCEIRA VIA
 

A  chamada ‘terceira via  desponta com Marcelo Ramos como peão do líder Alfredo Nascimento (é a primeira opção de chapa); e o deputado Luiz Castro com sua REDE já praticamente armada no palanque de 2016.
 
PRACIANO, COM NOVA ROUPAGEM
 
A grande surpresa pode ser o retorno de Francisco Praciano, candidato derrotado ao Senado pelo PT em 2014.Praciano está deixando o partido, apontando equívocos e a corrupção que ele já vinha denunciando. Pode ter o apoio de forças politicas importantes e da classe média.
 
A FÓRMULA MÁGICA
 
 Desde 2003 a Assembleia Legislativa do Amazonas ‘tenta’ implantar um sistema informatizado de tramitação de projetos de lei e outras matérias que são analisadas e votadas na casa. De lá para cá são decorridos sete mandatos e quatro presidentes chefiaram o parlamento, sem que o sistema de informática tenha chegado a um ‘acordo’ sobre a identificação das matérias tramitadas na casa e seus conteúdos. Nesses 12 anos empresas foram contratadas, ‘sistemas’ foram implantados, milhares de reais foram empregados e não se chegou à ‘fórmula mágica’ para a criação de um banco de dados capaz de informar se um projeto dado entrada por um deputado e cadastrado já tem, ou não, similar tramitado. Em seu segundo mandato, o presidente Josué Neto, que em 2013 conseguiu limpar uma ‘pauta atrasada’ com mais de 300 projetos, agora quer desatar esse ‘nó de porco’ de uma vez.

 DISTRIBUIÇÃO DE MUDAS
 
Ontem durante o evento Movimento Mundial pelo Clima, a prefeitura de Manaus distribuiu mudas de plantas aos participantes como incentivo à arborização da cidade. O prefeito Arthur Neto é um dos 37 prefeitos brasileiros que integra o Compacto de Prefeitos, a maior coalizão global de líderes locais comprometidos em reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE). Desde que assumiu a administração municipal em 2013, já foram plantadas mais de 280 mil árvores em Manaus e neste inverno serão plantadas mais dez mil mudas.
 
CRÉDITO DE CARBONO
 
Nesta segunda-feira a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa realiza uma audiência pública para debater a atuação das empresas no mercado de crédito de carbono no Amazonas. Já existe suspeita de irregularidades nas vendas de créditos em municípios do interior, onde existe pouca ou nenhuma fiscalização. Conforme previsões feitas pela consultoria Bloomberg, que acompanha o mercado de carbono ao redor do mundo, o valor de cada crédito de carbono pode chegar a € 7,5. É um mercado que tem potencial para movimentar 46 bilhões de euros (R$ 148) bilhões) em todo o mundo.
 
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.