Os dois corpos esquartejados encontrados na manhã desta segunda-feira dentro de uma mala boiando nas águas do Rio Negro, nas proximidades da praia da Ponta Negra, podem ser do traficante Frank Oliveira da Silva, o “Frankzinho do 40” e  do assaltante Antônio Carlos da Costa Uchôa, o “Tonga, que desapareceram na última sexta-feira do Complexo Penitenciário Anísio Jobim, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (Manaus/Boa Vista), onde cumpriam pena no regime semi-aberto.
 
 

Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal, onde a polícia aguarda os familiares para fazer o reconhecimento.
 
O traficante, que estava preso desde de dezembro do ano passado no Presídio Federal de Campo Grande, foi beneficiado com progressão de pena pelo juiz Luiz Cláudio Valois e  transferido para Manaus.
 
De acordo com a companheira de Frankzinho, identificada por “Val”, na sexta-feira seu esposo estava na entrada do semi-aberto, quando dois homens, um identificado como "Marquinho”e outro como  “Clovinho”, este último irmão de “Zé Roberto”, que esta preso em um presídio em Belém, o pegaram juntamente com Tonga e os levaram.
 
Desde a sexta-feira  Val  iniciou uma peregrinação atrás de Frankzinho. “Ela tinha a certeza de que ele seria morto. Se ele tivesse fugido, como o diretor informou, teria avisado a esposa”, acrescentou uma advogada que a acompanhava.
 
De acordo com a polícia, Frankzinho, que comandava o tráfico na Zona Sul de Manaus, tinha desavença com o grupo de Zé Roberto e João Branco, dois fortes traficantes, que apesar de presos continuam comandando o tráfico em Manaus. 
 
No dia 17 de dezembro de 2011  os irmãos de Frankzinho, Charles Oliveira da Silva, 27, o "Camarão" e Patrícia Oliveira da Silva, 30, foram executados por volta das 4h  na avenida desembargador João Machado (Estrada dos Franceses), Alvorada I, Zona  Centro-Oeste de Manaus, quando saiam de uma boate.
 
De acordo com a polícia, os irmãos tinham acabado de sair de uma festa e estavam em frente a um bar quando dois homens apareceram em uma moto e efetuaram vários disparos de PT 40, pistola de uso exclusivo da Polícia Civil e Militar.