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Agora são 11 as mulheres mutiladas por Cury. Veja o caso de Emília

Por Portal Do Holanda

05/04/2013 9h21 — em
Amazonas



Emília Alencar de Souza, de 43 anos, morada da Zona Centro-Oeste de Manaus, juntou suas economias e foi parar nas mãos do suposto cirurgião plástico Carlos Jorge Cury Mansilla, conhecido da Polícia  e de mais 10  mulheres que o estão   processando por danos morais e materiais na Justiça do Amazonas.

Ao médico, de acordo com a denúncia feita com exclusividade ao Portal do Holanda, Emília pagou  R$ 15 mil  para ser submetida a uma abdominoplastia, lipoaspiração das costas, lipoaspiração na parte superior do abdome, lipoaspiração lateral, mastopexia e umbigo, mas as intervenções que duraram  9 horas no centro cirúrgico do Instituto do Coração do Amazonas, resultaram em    traços caricaturais, estiramentos excessivos da pele, cicatrizes decorrentes de cortes desnecessários e mutilações por todo o corpo.

 

 

Fotos publicadas com autorização por escrito da vítima

Cury, que já responde a 10 processos no Tribunal de Justiça do Amazonas, cinco por erro médico e cinco por lesão corporal, conseguiu  convencer Emília Alencar, que ficaria com uma barriga bonita, que não fazia sentido uma barriga lisa sem um peitinho novo, bonitinho e bem redondinho.

Emília, que andava a procura da beleza, disse que perguntou a Cury se ele a faria  ficar como falou, de imediato. Ele, conta a vítima,  respondeu;  “claro que faço, sou um cirurgião plástico, eu faço o peito que você quiser, lípo toda essa gordura e te ponho uma cinta  por que você vai ficar magrinha”.

Carlos Cury acabou convencendo Emíliaa fazer um pacotão de cirurgias a um preço acessível, com a retirada na hérnia, abdominoplastia, lipoaspiração das costas, lipoaspiração das laterais e a mastopexia. Isso tudo  R$ 15 mil.

Foto dois arquivos da vítimas, publicada com a sua autorização

 

Cury, que já responde a 10 processos no Tribunal de Justiça do Amazonas, cinco por erro médico e cinco por lesão corporal, conseguiu  convencer Emília Alencar, que ficaria com uma barriga bonita, que não fazia sentido uma barriga lisa sem um peitinho novo, bonitinho e bem redondinho.

Emília, que andava a procura da beleza, disse que perguntou a Cury se ele a faria  ficar como falou, de imediato. Ele, conta a vítima,  respondeu;  “claro que faço, sou um cirurgião plástico, eu faço o peito que você quiser, lípo toda essa gordura e te ponho uma cinta  por que você vai ficar magrinha”.

 

 

Carlos Cury acabou convencendo Emíliaa fazer um pacotão de cirurgias a um preço acessível, com a retirada na hérnia, abdominoplastia, lipoaspiração das costas, lipoaspiração das laterais e a mastopexia. Isso tudo  R$ 15 mil.


Fotos publicadas com autorização por escrito da vítima

 

Nove horas na sala de cirurgias

Emília Alencar tem até hoje na sua cabeça lembranças amargas do dia 6 de dezembro de 2011, quando por 9h30, ficou no centro cirúrgico do Instituto do Coração do Amazonas, onde Carlos Cury  que teve como auxiliar o seu irmão Yasser Arafat Salinas Cury,  sendo submetida de uma só vez a retirada de hérnia, abdominoplastia, lipoaspiração das costas, lipoaspiração das laterais e a mastopexia.

Depois das intervenções cirúrgicas, Emília pensou que acordou, mas na verdade ali começava seu pesadelo. Com falta de ar e fortes dores no peito, reclamava o tempo todo que estava sentindo muita dor e muito frio, sua pressão arterial  e os batimentos cardíacos estavam baixos, o peito doía e chiava muito, como se ela tivesse com  crise de asma. Foi dessa maneira que por vários dias ficou internada no Incor.
 

Fotos publicadas com autorização por escrito da vítima


Quando voltou para sua casa, desesperada, com as dores e sentido-se como que fosse morrer, Emília não percebeu que seu corpo estava mutilado.
 
Sem melhoras, ela começou a procurar Carlos Cury, mas os medicamentos que ele receitava não aliavam as dores, que aumentavam a cada dia que passava.

Desesperada,  procurou ajuda a sua ginecologista, que foi a sua casa e ficou horrorizada com o que viu e lhe disse; “esse homem não é cirurgião plástico e muito menos profissional”, disse ela. Emília estava com um quadro de embolia pulmonar.
 
Torturas
 
Mas as torturas ainda estavam por vir. E começaram quando Emília Alencar foi  fazer os curativos. De acordo com ela, Carlos Cury  os retirava com brutalidade, arrancando pele junto com o esparadrapo, que resultaram em marcas.
 
E a dor maior veio quando o médico a obrigou a colocar uma cinta modeladora, tamanho P. Ao sair do consultório de Cury, de acordo com el, como se fosse um robô, acabou entrando numa crise de choro, pois não conseguiu entrar no carro e acabou indo parar em uma loja onde uma vendedora, com muita dificuldade a ajudou a tirar a cinta modeladora.
 
As marcas
 
Emília afirma que nos pontos da abdominoplastia, próximos a região pubiana, tem pedaços de tecidos retorcidos cheios de linhas que estão sempre inflamados . Disse que tem de fazer sessões de punção para retirada de pus da região, pois não há antibióticos que combata essa colônia de bactérias.
 
Os seios, que eram para ficar, de acordo com Cury, lindos, ficaram retalhados (fotos). Ela sente dores, latejamento e eles vivem inflamados: “não gosto nem de olhar mais para meus”, afirma a vítima.
 

Emília Alencar, que buscava a beleza, afirma que se encontra ao oposto do que o Carlos Cury  lhe prometeu, exatamente sem autoestima, sem sonhos, sem esperança, sem vontade de viver.

“Não me importo se amanhecer, não reconheço nenhum sentimento, há uma confusão na minha cabeça, estou dependente de outras pessoas para tudo, até mesmo para as minhas necessidades. Hoje o transtorno virou depressão bipolar, tomo vários remédios tarja preta e lítios, minha relação sexual com meu marido acabou, hoje me sinto como uma boneca inflável, não sinto prazer algum, não durmo regularmente e todos os dias pra mim são cinzas, não vejo sentido para vida, as vezes penso que era melhor eu com o corpo que eu tinha - eu era feliz, mesmo com os meus problemas”, concluiu a vítima, que hoje, não procura Maís a beleza, mas que o Tribunal de Justiça do Amazonas  faça seu papel e puna com rigor Carlos Cury, que já alejou dezenas de mulheres amazonenses e continua impune.

Fotos publicadas com autorização por escrito da vítim

 


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

ASSUNTOS: carlos cury mansilha, erro médico, Manaus, Amazonas, Brasil, Justiça & Direito, Policial

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